"Nós envelhecemos e engordamos porque inflamamos.
Tendência que potenciamos com a alimentação.
Mas podemos combater esta inevitabilidade.
Basta optar por uma dieta anti-inflamatória.”
O fator
que mais contribui para envelhecermos é a dieta pró-inflamatória que seguimos,
afirma o dermatologista americano Nicholas Perricone – o “guru da pele
perfeita”, conhecido nos EUA como o “pai da teoria da inflamação como fonte do
envelhecimento”.
Os
alimentos “pró-inflamatórios causam um rápido aumento do açúcar no sangue,
tendo como consequência a libertação de insulina na corrente sanguínea”.
Os
principais “culpados são o açúcar e os alimentos que se transformam rapidamente
em glicose no sangue, como as batatas, o pão, bolos e sumos”, explica o
especialista. No sentido de combater esta condição, o médico desenvolveu um
programa que se divide em três fases – dieta, suplementos e cosméticos
anti-inflamatórios, com o qual promete que poderemos “viver mais dez anos,
rejuvenescendo não só a pele como também o cérebro, melhorando o estado de
ânimo e a saúde em geral”.
O QUE INGERIR PARA TRAVAR A (INFLAMADA) REALIDADE
Na dieta
anti-inflamatória é recomendado um total de 1800 calorias por dia – com o fornecimento
regular de proteínas de alta qualidade (40%), carboidratos complexos (30%) e ácidos
gordos essenciais (entre 20 e 30%) –, e fazer três refeições principais e duas
intermédias por dia “para manter estáveis os níveis de açúcar no sangue”, o que
supõe que nos alimentemos a cada três ou quatro
horas. Proteínas de alta qualidade - São essenciais na reparação das células, pelo que convém
ingeri-las no início de cada refeição de forma a termos a sensação de estarmos
saciados e “evitar os restantes alimentos que se transformam rapidamente em
açúcar”. O especialista aconselha que as tomemos diariamente, repartidas pelas
três refeições e as duas intermédias.
O que consumir:
Aposte especificamente no salmão selvagem (em vez do criado em viveiro), porque
contém um anti-inflamatório e antioxidante eficaz, o DMAE (dimetilaminoetanol, mais
conhecido como o antirrugas). O dermatologista também aconselha a ingestão de
cavala, albacora, atum, sardinha, arenque, anchova, truta, marisco, frango sem
pele, peru e ovos.
A evitar:
As proteínas que podem originar uma resposta inflamatória, como os laticínios e
a carne vermelha (de vaca e vitela, ovina, caprina e de porco). Hidratos
de carbono complexos - São ricos em vitaminas, minerais e
antioxidantes, assim como em água, o que favorece a hidratação
dos órgãos e da pele. O especialista recomenda o consumo de entre 4 a 7
porções, num máximo de 125 gr por refeição, na forma de frutas e legumes.
O que consumir:
Nicholas Perricone aconselha, sobretudo, a ingestão de amêndoas, avelãs, nozes,
maçãs, pêssegos, peras, ameixas, mirtilos, amoras, espargos, couve-flor e de
Bruxelas, brócolos, leite desnatado, queijo fresco, parmesão, feijão, aveia,
cevada, trigo sarraceno, cebola e alho.
A
evitar: Hidratos de carbono simples, dado que se convertem rapidamente em
açúcar, tais como o pão e produtos de panificação, bolachas/biscoitos, cereais,
bananas, laranjas, uvas, sumos de fruta, conservas, cenouras, pepinos,
grão-de-bico, abóboras, bacon, salsichas, massas, pipocas arroz, batatas, manteiga, margarina, creme de queijo,
creme de leite e gelados.
Ácidos
gordos essenciais - são cruciais para o
bom funcionamento das células, sendo que o nosso corpo não consegue
fabricá-los, por isso temos de os obter através dos alimentos. Os Ómega 3 e
Ómega 6 têm um efeito de proteção no que diz respeito ao coração, podem baixar
a pressão arterial, a taxa de mau colesterol e o stresse, diminui o risco de
coágulos no sangue, bem como do cancro no cólon, da próstata e da mama. Além de
que são fundamentais para a cicatrização da pele. O que consumir: As melhores
fontes são os denominados peixes gordos, como o salmão, a sardinha, cavala e
anchova; os frutos secos – nozes; azeite extravirgem (“um dos alimentos
anti-inflamatórios mais eficazes que existem”); e óleos de borragem, prímula,
soja, abacate e de noz.
A evitar:
Banha, manteiga e gordura animal por serem fontes de gordura saturada, e as
gorduras trans que surgem nas fórmulas hidrogenadas (que, se ingeridas duas a
quatro vezes ao dia, reduzem os níveis de fertilidade em 73%).
Os alimentos pró-inflamatórios - CAUSAM
UM RÁPIDO AUMENTO DO AÇÚCAR NO
SANGUE, TENDO COMO CONSEQUÊNCIA A
LIBERTAÇÃO DE INSULINA NA CORRENTE
SANGUÍNEA.